Dificuldades na Higiene Oral de Bebês
13 de maio de 2019
Uso da Técnica Mão Sobre a Boca – Parte 2
13 de maio de 2019
Está circulando nas redes sociais um texto sobre a técnica “mão-sobre-a-boca” durante o atendimento infantil realizado por alguns consultórios (profissionais) da Odontologia.
⚠️ Enquanto especialistas em Odontopediatria e profissionais de saúde, isto nos causa grande preocupação, principalmente com a visão e o julgamento que os pais e as pessoas leigas poderão ter frente às condutas dos Odontopediatras no manejo do comportamento infantil e atendimento clínico.
O comportamento de crianças e bebês frente ao tratamento odontológico é muitas vezes imprevisível, e pode resultar em reações emocionais negativas, que se manifestam através de: ansiedade, medo do desconhecido, fobia, choro e até mesmo o debater na cadeira.
☝E devido a esses comportamentos e por estarem inseridos no mundo infantil, os Odontopediatras lançam mão da psicologia infantil durante todo o atendimento e são capacitados a realizar várias técnicas de controle do comportamento infantil no manejo odontológico .
Músicas, histórias, brinquedos, técnicas de falar-mostrar-fazer, reforço positivo e muito amor são as principais técnica utilizadas e RECOMENDADAS durante o atendimento infantil.
A técnica “mão-sobre-a-boca” realmente existe e é encontrada na literatura odontopediátrica, PORÉM❌❌ NÃO É INDICADA e nem deve ser utilizada como explicitada na postagem.
✋Explicando a técnica: o cirurgião-dentista coloca a mão sobre a boca da criança cuidando para NÃO restringir-lhe a respiração , dizendo em baixo tom, próximo ao ouvido, que para retirar a mão, a criança deve parar de gritar e escutar, pois somente pretende conversar e explicar-lhe o tratamento. E apenas quem deveria realizar esta técnica é o especialista em Odontopediatria, e mesmo assim, deve estar preparado técnico e emocionalmente para praticá-la de forma amigável e certo de que estará somente conduzindo a situação de uma criança com capacidade intelectual, mental e física íntegras, maior de 3 anos de idade.
O Odontopediatra trabalha com inúmeros instrumentos pérfuro-cortantes, e o menor movimento inesperado que seja feito por um bebê ou criança na hora do atendimento podem levar a um acidente. E para que isso não aconteça existe a técnica da ESTABILIZAÇÃO PROTETORA, que em alguns casos é SUPER INDICADA e se faz necessária.
A estabilização protetora resume-se em restringir a liberdade dos movimentos dos pacientes durante o procedimento odontológico e pode ser feita próprios pais e/ou pelo auxiliar, ou por dispositivos próprios.
Nós NÃO INDICAMOS a técnica “mão-sobre-a-boca”, porém se o Odontopediatra optar por esta técnica, que seja com o consentimento dos pais/responsáveis da criança, e somente em casos cujo procedimento necessita ser realizado e após ter sido lançado mão de todas as outras técnicas possíveis ambulatoriais e o paciente ainda continua gritando e não ouvindo o profissional. ✅✅
